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  • Por Evandro Biasini

A Importância da gestão dos custos no E-commerce


ecommerce na logística

Nas últimas três décadas, muitas foram as mudanças observadas no mundo em decorrência do processo de globalização, dentre elas a formação dos grandes blocos econômicos, a abertura dos mercados e o desenvolvimento de novas tecnologias tanto no âmbito produtivo, quanto nas comunicações e nos transportes.

Além disso, no Brasil, anteriormente à abertura do mercado às empresas estrangeiras, políticas protecionistas garantiam a sobrevivência das empresas brasileiras, visto que, por não haver concorrência, os produtos eram fabricados de acordo com a conveniência de cada fabricante, bem como de acordo com a disponibilidade de matérias primas e equipamentos. A comercialização e a distribuição destes produtos também eram feitas de acordo com a facilidade encontrada pelo fabricante. Assim, quem desejasse adquirir qualquer um destes produtos teria que se deslocar aos locais onde estes eram disponibilizados. Dependendo do número de atravessadores entre o fabricante e o ponto de venda, consideráveis aumentos no valor dos bens comercializados podiam ser percebidos pelos consumidores.

Com a abertura dos mercados, chegaram em território brasileiro produtos e tecnologias importados de todas as partes do mundo, com qualidade superior e preços atrativos, o que aumentou a competitividade entre as empresas e, dessa forma, o mercado consumidor passou a ser o regulador natural do preço das mercadorias, obrigando as empresas que quisessem se manter atuantes em seus mercados a reduzir seus custos operacionais para garantir a sua lucratividade.

No Brasil, ainda pôde ser observada a estabilização da moeda em meados da década de 90, o que propiciou aos integrantes das classes “C” e “D”, um aumento considerável na sua qualidade de vida e no seu poder aquisitivo, trazendo efetivamente para o mercado, cerca de 35 milhões de novos consumidores ávidos por novas experiências de compras.

Com maior poder compra e com acesso rápido às informações, o mercado consumidor de um modo geral se tornou mais exigente e mais consciente dos seus direitos, levando as organizações a prestarem mais atenção nos clientes do que nos produtos. A partir desse momento, a escolha da quantidade e dos tipos de canais a serem utilizados na distribuição dos bens passou a influenciar positiva ou negativamente na experiência de compra dos consumidores, bem como na questão dos custos operacionais de distribuição destes bens. Vindo de encontro a isso, as empresas têm adotado cada dia mais a utilização do canal de e-commerce para a comercialização e distribuição de seus produtos.

O que é o e-commerce?

De um modo geral, pode-se afirmar que e-commerce é a “venda” de bens e serviços por meio eletrônico, envolvendo troca de informações pessoais e financeiras entre consumidor e a loja online, utilizando tecnologias específicas.

No entanto, não se pode esquecer que, apesar das transações ocorrerem de forma virtual, para que os produtos cheguem até os clientes, existe uma operação logística física complexa por trás da venda.

Pontos Positivos do E-commerce

Para as empresas e fornecedores, a grande vantagem de atuarem através do e-commerce é a possibilidade de ampliação da sua área de atuação, através da disponibilização dos seus produtos para usuários do mundo todo dentro de uma estrutura enxuta, deixando a distribuição para ser absorvida pela estrutura já existente nos casos em que já existam lojas físicas. Nos casos em que ocorra apenas vendas através do e-commerce a diferença está apenas na forma da distribuição, que pode adotar diversos formatos, dependendo do tipo de produto e da estratégia da empresa.

Para os consumidores, a principal vantagem da utilização do e-commerce é poder adquirir o produto desejado a qualquer hora do dia, em qualquer lugar que tenha acesso à internet, e ainda assim, receber sua compra em local de sua conveniência.

Pontos Negativos do E-commerce

No caso das empresas que possuem lojas físicas, as principais dificuldades na implantação e gestão do e-commerce são o dimensionamento adequado dos estoques, a mensuração dos custos operacionais, e a mensuração dos resultados, tudo isso de forma distinta para cada tipo de operação de vendas.

No caso das empresas que trabalham apenas com vendas virtuais, as dificuldades se encontra no planejamento operacional e no dimensionamento dos recursos, visto que é necessário terceirizar absolutamente toda a estrutura de armazenagem e distribuição.

Para os consumidores, as principais desvantagens das compras virtuais são a impossibilidade de avaliação presencial dos produtos antes da decisão pela aquisição, os prazos para o recebimento dos produtos no local desejado, e em alguns casos, a insegurança em relação às transações financeiras pela internet.

Logística para o E-commerce

Ao contrário do que se imagina, a logística do e-commerce não é fácil. Muitas empresas que ingressam no mercado virtual se esquecem que existe uma operação complexa por trás das vendas.

É PRECISO ENTREGAR O QUE SE VENDE!

No e-commerce, um dos fatores fundamentais para fidelizar os clientes é a disponibilidade de produtos em estoque. Para isso, é necessário a manutenção dos estoques em quantidades suficientes para atender as vendas, visto que os estoques em excesso podem gerar necessidade de mais espaço, mais mão de obra, mais equipamentos de movimentação, maior possibilidade de avarias, maior possibilidade de obsolescência, entre outros fatores geradores de custos. Já a falta de produtos em estoque, pode gerar o chamado “CUSTO DE NÃO VENDA” (ruptura nas vendas, ociosidade de espaço de armazenagem, ociosidade da mão de obra, ociosidade de equipamentos), além da insatisfação do cliente.

Outra questão que pode ser decisiva na fidelização dos clientes são os prazos de entrega dos produtos adquiridos. Atualmente, estima-se que em decorrência da falta de infraestrutura logística do país, o custo de transportes das empresas chega a ser até 30% do custo logístico total, e por conta disso, as operações de distribuição dos produtos no e-commerce, devem ser planejadas e controladas, de forma a otimizar a utilização dos recursos, principalmente dos veículos utilizados no transporte dos produtos.

Em ambas as situações, a ideia é fazer sempre mais, utilizando o mínimo de recursos e no menor tempo possível. Assim, é fundamental para as empresas que participam do processo da distribuição no e-commerce, operarem de forma integrada e equacionando prazos mais curtos e custos operacionais reduzidos, podendo para isso, recorrer a consultorias especializadas em operações de e-commerce.

Evandro Biasini é especialista em Logística de e-commerce com gande conhecimento em operações em Logística e gerente de projetos de logística e

e-commerce na empresa GCDV - Grupo Cadeia de Valor.

evandro@grupocacdeiadevalor.com.br

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